segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Espera

O som ensurdecedor do silêncio deixa o poeta em delírio.
Ressoa nos tímpanos como uma bomba.
O som ensurdecedor do silêncio não dá trégua,
faz o poeta uma pessoa quase cega.
Não, não há barulho mais estridente que o som que faz o silêncio da distância.
Não há quem não se entregue aos prantos,
sonhar, desalento, desatento, constância e perda.
O poeta está em frangalhos, não consegue mais sentir o prazer de ouvir o canto dos pássaros que a muito se foram.
Um dia, há este dia! 
Quando, não se sabe, mas ouvirá o som dos cantos e o tilintar das asas a quebrar o ensurdecedor som do silêncio que trará aos seus olhos um novo brilho.       

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