segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Espera

O som ensurdecedor do silêncio deixa o poeta em delírio.
Ressoa nos tímpanos como uma bomba.
O som ensurdecedor do silêncio não dá trégua,
faz o poeta uma pessoa quase cega.
Não, não há barulho mais estridente que o som que faz o silêncio da distância.
Não há quem não se entregue aos prantos,
sonhar, desalento, desatento, constância e perda.
O poeta está em frangalhos, não consegue mais sentir o prazer de ouvir o canto dos pássaros que a muito se foram.
Um dia, há este dia! 
Quando, não se sabe, mas ouvirá o som dos cantos e o tilintar das asas a quebrar o ensurdecedor som do silêncio que trará aos seus olhos um novo brilho.       

Andréia

Moça toda sorriso, num cenário que imita o paraíso.
Moça toda sorriso, ao fundo uma imagem singela de uma garota com seu ar ingênuo que abre caminho para a mais bela.
A moça cujo sorriso encanta, supera todos os brilhos que o azul do lago ao fundo emana.
A moça toda sorriso ofusca a imagem paradisíaca que se apaga aos seu caminhar. 
Doce caminhar, cujo olhar desvia, sorrindo e encantando o passante, aquele que chama não aparece na cena, apenas emana um som silencioso de quem se deslumbra com tanta beleza. 
Moça sorriso, assim é Andréia, assim é esta linda morena que o poeta encontrou nos caminhos da vida e que o fez acreditar que existe na terra o paraíso.